Para além das consequências incalculáveis sobre a saúde e a economia, a força desorganizadora da Covid-19 traz consigo um impacto mais silencioso, mas não menos devastador. É sobre o sistema educacional brasileiro que, na pré-pandemia, já era bastante castigado e marcado por uma brutal desigualdade de oportunidades.
No Brasil, onde o ambiente familiar possui forte influência nos resultados educacionais, haverá diferentes desfechos para os 48 milhões de alunos da educação básica. As perdas certamente serão coletivas, mas não há dúvidas de que os mais prejudicados serão aqueles que, mesmo antes do coronavírus, já eram vulneráveis: os alunos mais pobres.